Para os mais românticos, o artesanato tem muito a ver com uma forte sensibilidade, um senso criativo e paixão pelo que faz. Mas também reforça a identidade de um povo, a habilidade de mãos talentosas e enriquece a trajetória e o passado do nosso Piauí.
A arte santeira é considerada bem de inestimável valor cultural para a formação da identidade piauiense. Reconhecida como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No Piauí, a Arte Santeira se trata de um ofício e modo de fazer próprios e compreende um inestimável valor cultural. A criatividade em utilizar a madeira e outras matérias-prima a fim de retratar temáticas religiosas fez nascer o artesão santeiro, que detém o talento de expressar a cultura religiosa de seu povo através da arte tão estimada por nosso Piauí.
Consiste no processo de queima do barro ou argila em diferentes tipos de forno com alta temperatura ou secando as peças ao sol. A forma pode ser conseguida por modelagem à mão com a técnica de rolinhos, placas ou bolas de argila, ou de forma escultórica. Existem diversas argilas nas quais se podem adicionar outros elementos para obter maior plasticidade e coesão e ainda um bom cozimento. As queimas variam desde as primitivas, que atingem temperaturas mais baixas aos fornos "modernos" ou "antigos" de altas temperaturas.
A Opala se subdivide em três grupos: as opalas preciosas (ou nobres), as opalas de fogo amarelo-vermelhas e as opalas comuns. A opala preciosa é notável pelo jogo de cores produzido pela refração e reflexo da luz em sua substância incolor. Hoje, as maiores jazidas de opala no mundo se encontram na Austrália, seguida do Brasil. Precisamente, no município de Pedro II - PI, são encontradas as únicas minas de opalas preciosas no Brasil e nas Américas.
PALAVRA DO SUPERINTENDENTE
O artesanato piauiense é sem dúvidas uma das nossas maiores riquezas, além de ser uma prática cultural é também um resgate da nossa história e da nossa identidade. Ser artesão é ser um guardião das técnicas artesanais que falam sobre nossas origens, e por essa razão devemos valorizar o nosso artesanato.
- Superintendente do Artesanato Piauiense
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A abertura da mostra reuniu um público diverso que aprecia o artesanato piauiense.
A Casa do Artesão Design Mestre Albertino, localizada na Central de Artesanato Mestre Dezinho, abriu suas portas nesta sexta-feira (10) para o primeiro dia da exposição “Carpintaria Naval Artesanal em Escala Reduzida”, do artesão Ulisses Lima. Logo na estreia, o espaço recebeu um público diversificado, entre visitantes, apreciadores da arte e um grupo de estudantes do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Professor Mariano da Silva Neto, do município de Jaicós, que participaram de uma visita cultural à capital.
A mostra, que segue até o dia 24 de outubro, apresenta miniaturas de embarcações tradicionais esculpidas em madeira, reproduzidas com impressionante realismo. Cada peça revela a grandeza da carpintaria naval artesanal — um saber tradicional que une técnica, paciência e amor pela arte. A delicadeza das formas e a precisão dos acabamentos encantam o olhar e conduzem o visitante por uma verdadeira viagem ao universo náutico.
O artesão Ulisses Lima comemorou a receptividade do público já no primeiro dia e destacou o caráter educativo do evento. “Cada embarcação que construo tem uma história. É uma alegria ver estudantes interessados em aprender sobre esse ofício, que envolve tanto conhecimento e amor pela arte. A exposição é também uma forma de educação cultural”, afirma.
Entre os visitantes, chamou atenção o grupo de alunos do CEJA Professor Mariano da Silva Neto, que veio de Jaicós especialmente para conhecer a exposição como parte do projeto ‘Passeio Cultural’ — uma iniciativa que busca proporcionar aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos uma experiência cultural em Teresina.
A coordenadora pedagógica Cimeire Sousa, responsável pelo grupo, ressaltou a importância da atividade. “Hoje nós estamos aqui uma visita à Teresina — um passeio cultural, na verdade. Esse projeto tem o objetivo de mostrar aos alunos a nossa capital por um ângulo diferenciado, porque a maioria deles que conhece Teresina vem apenas para resolver problemas de saúde. Dificilmente encontramos alguém que vem à capital para turismo. Então, pensamos nesse projeto para apresentar uma Teresina com outro olhar, com uma visão diferente. Hoje vamos fazer alguns passeios turísticos. Queremos que eles conheçam uma Teresina cheia de história, cultura e arte. A visita à Casa do Artesão é uma oportunidade de ampliar esse olhar”, destaca.
Durante a visita, os estudantes puderam interagir com o artesão, conhecer o processo de criação das miniaturas e compreender o valor da preservação das tradições manuais.
A Casa do Artesão Design Mestre Albertino abriga a Sala de Exposição, espaço dedicado a mostras, lançamentos e eventos culturais que valorizam o artesanato piauiense. A exposição “Carpintaria Naval Artesanal em Escala Reduzida” pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com entrada gratuita.
A Superintendência de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense (Sudarpi) manifesta profundo pesar pelo falecimento da artesã Maria Moreira da Silva, carinhosamente conhecida como Tia Maria, uma das mais queridas e talentosas artesãs da Central de Artesanato Mestre Dezinho.
Desde 1985, Tia Maria encantava o público com sua delicadeza e maestria na arte do bordado, transformando linha, tecido e agulha em verdadeiras obras de arte. Seu trabalho, marcado pela sensibilidade e dedicação, inspirou gerações e se tornou símbolo da força e beleza do artesanato piauiense.
Neste momento de dor, a Sudarpi se solidariza com familiares, amigos, colegas artesãos e admiradores de Tia Maria, reconhecendo sua imensa contribuição para a preservação e valorização da cultura artesanal do Piauí.
Seu legado permanecerá vivo em cada ponto bordado e em cada lembrança de quem teve o privilégio de conhecê-la e aprender com sua arte.
Miniaturas em madeira revelam a riqueza cultural e o talento do artesão Ulisses Lima, em homenagem à tradição da carpintaria naval.
Entre o mar e a madeira, entre o real e a miniatura, nasce o trabalho do artesão Ulisses Lima, que transforma matéria-prima em réplicas de embarcações carregadas de histórias. Com maestria e atenção aos mínimos detalhes, suas peças revelam a grandeza da carpintaria naval artesanal — um saber tradicional que une técnica, paciência e amor pela arte. A delicadeza das formas e a precisão dos acabamentos encantam o olhar e conduzem o visitante por uma verdadeira viagem ao universo náutico.
De 10 a 24 de outubro, das 8h às 17h, a Casa do Artesão Design Mestre Albertino recebe a exposição Carpintaria Naval Artesanal em Escala Reduzida, uma mostra que reúne réplicas navais e barcos artesanais em miniatura, esculpidos com impressionante realismo e sensibilidade.
Apaixonado pelo ofício, Ulisses Lima explica que cada embarcação nasce de um processo que envolve técnica, memória e emoção. “Cada embarcação dessa tem uma história cultural, uma história social, uma história de mitos. Tudo isso está em torno de cada construção”, comenta.
O artesão conta que, no início, seu objetivo era apenas construir, mas logo percebeu o valor de compartilhar suas criações com o público. “Comecei a expor no Museu do Piauí, e agora esta será a minha terceira exposição. A Casa do Artesão me deu essa oportunidade de apresentar o trabalho aqui, num espaço que recebe muitos visitantes”, destaca.
Mais do que uma exposição, Ulisses enxerga o momento como uma oportunidade de educação cultural e valorização das tradições. “Quero aproveitar este momento para convidar o público, especialmente as escolas, para visitar a exposição e entender o que é a carpintaria naval e o que ela representa para quem vive da construção artesanal. As pessoas precisam compreender o esforço e o conhecimento envolvidos até mesmo em fazer uma simples canoa — imagine uma embarcação inteira”, reforça.
A exposição Carpintaria Naval Artesanal em Escala Reduzida pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Casa do Artesão Design Mestre Albertino, localizada na Central de Artesanato Mestre Dezinho, em Teresina. A entrada é gratuita. A Casa do Artesão conta com a Sala de Exposição, um espaço dedicado à promoção de pequenos eventos, lançamentos de coleções e exposições que valorizam o artesanato local. Os artesãos interessados em divulgar seus trabalhos podem reservar o ambiente entrando em contato com a administração pelo número (86) 99431-4027.